O plano.

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De manhã acordei e dei falta de algo importante. A cama estava espaçosa demais me senti uma criança nua no meio de uma floresta. O sono me protegeu até onde pode, mas agora que sei tenho que ir em busca daquilo que me fará construir um castelo para minha princesa. Então me levantei homem barbado e fui a cidade, construir outros castelos para outros príncipes; um pouco mais sortudos que eu, pensei por um segundo; mas então lembrei que carrego tatuado debaixo da minha pele, em algum espaço entre os músculos e a alma, o nosso plano. Os dias passam como um só, e fica mais claro a cada manhã que nasce, que o castelo que construo tem meu nome, e o desejo que possuo é um eco de um grito antigo; de quem acordou nu em uma floresta de alma, dentro do meu peito; e se levanta finalmente a medida em que percebo a silhueta daquilo que tanto anseio.

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